BLOG MUSA CAPITAL

O papel do mercado financeiro na economia

O Brasil possui um mercado financeiro muito pequeno se comparado com os países desenvolvidos. Hoje existem apenas 396 empresas listadas em bolsa e pouco mais de 4 milhões de investidores, enquanto nos Estados Unidos existem mais de 5.860 empresas listadas e 186 milhões de investidores.

Esses números refletem a inferioridade do país em termos de renda e a carência de educação financeira. Mas e o que isso tem a ver com a economia? Muitos acreditam que o mercado financeiro só serve para os ricos rentistas ganharem dinheiro e a bolsa de valores só existe para especulação, sem contribuição direta para a economia.

A ideia de que o mercado financeiro não tem ligação com a “economia real” é totalmente errada e muitos – inclusive estudiosos – acreditam nessa balela defendida por alguns partidos políticos de esquerda.

No Brasil, a B3 é responsável por grande parte do mercado financeiro, e ela não negocia só ações, e sim todos os títulos, moedas, mercadorias, contratos, derivativos, etc. Enfim, realiza diversas transações do mercado financeiro, ou seja, realiza a transferência de recursos entre diversos agentes econômicos, possibilitando investimentos, aumento da produção, geração de empregos, etc.

A finalidade principal do mercado é possibilitar que agentes superavitários – investidores – transfiram recursos para agentes deficitários – pessoas e empresas. Com isso, o recurso que ficaria parado numa conta corrente, poupança, ou mesmo embaixo do colchão pode ser utilizado para financiar alguma atividade econômica de consumo ou investimento, de empresas ou famílias. O dinheiro aplicado no mercado NUNCA fica parado.

Mas deixando os outros títulos de lado, o foco aqui é o mercado acionário, uma das engrenagens mais importantes de uma economia. A bolsa possibilita que as empresas vendam uma parcela de seu capital, e com isso financiem suas atividades para expandir a produção, gerando empregos e renda.

Ah! Mas esse dinheiro vai apenas para o bolso dos donos do negócio! Outro erro, mesmo que as empresas usem o recurso pra dar dinheiro aos proprietários ou pagar dívidas, esse dinheiro vai voltar pra economia na forma de investimento ou consumo. E de novo, aumentando a produção e gerando empregos.

Se o mercado for aquecido, tiver liquidez e alta demanda pelas ações, os preços se elevam e mais empresas são incentivadas a abrir capital. A emissão de ações reflete em mais transparência nas contas e atividades das empresas, maior preocupação com questões sociais, ambientais e de governança (ESG), e até maior arrecadação de impostos por parte do governo.

Além disso, o mercado acionário é o único que possibilita que o proletariado seja detentor dos meios de produção, aquilo que muitos críticos do mercado defendem, a socialização dos meios de produção.

Mas voltando ao caso das empresas, diversas pessoas condenam os lucros “exorbitantes”. Então, esses lucros possuem apenas dois destinos: investimento na própria empresa ou pagamento de dividendos aos acionistas, que pode ser qualquer pessoa. Aqueles que acreditam que esse dinheiro não está sendo reinvestido, num país com inflação de 12 meses acima de 10%, só podem estar beirando a maluquice.

O investimento no mercado financeiro possibilita a produção de bens e serviços que atendem toda a população, além de gerar empregos e renda para muitas pessoas. Muito legal, mas e a especulação com ações, que muitos criticam? A especulação representa uma parcela muito pequena do mercado, totalmente irrelevante se comparada com os benefícios da existência da bolsa de valores.

Em síntese, a bolsa de valores e especialmente a B3, tem um papel fundamental pro desenvolvimento da economia. Ela possibilita a produção de bens e alimentos, construção de casas, prédios, hospitais, escolas e universidades, hidrelétricas e tantos outros investimentos que podem ser feitos em benefício da população em geral.


Gustavo Machado, CNPI

Consultor autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e analista de investimentos certificado pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec). Possui mais de 8 anos de experiência no mercado financeiro. Bacharel em Economia e mestrando pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), alumni da Foundation for Economic Education (FEE) e da Cato University: College of Economics.

Aqui na MUSA somos consultores financeiros independentes, regulados pela CVM. Temos um time de profissionais qualificados e parceiros estratégicos altamente capazes e, estaremos ao seu lado prestando uma consultoria independente, livres de conflitos de interesse, comissões e taxas escondidas. Afinal, pra gente, a sua liberdade financeira é o nosso legado.

Compartilhe nas mídias

Mais conteúdos para você:

Todos os direitos reservados © 2024. A Musa Capital inscrita no CNPJ 456.702.74/0001-26, é uma empresa habilitada e autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a atuar como Consultoria de Investimentos. Matriz: Avenida Taquara, 183 Salas 703 e 704 – Bairro Petrópolis – CEP 90460210 – Porto Alegre – RS

Preencha o Formulário e baixe o material

Ao clicar em enviar você concorda com a nossa política de privacidade e concorda em ser contatado por um profissional da Musa Capital.