Quando começamos a investir e pensar em uma carteira de investimentos, é comum surgir a dúvida sobre onde é melhor alocar nossos recursos. Posso ter maiores ganhos investindo em Renda Fixa ou em Renda Variável no Brasil?
Normalmente os investidores iniciantes e mais conservadores optam por compor uma carteira de investimentos com maior exposição a renda fixa, e os investidores iniciantes mais arrojados optam pela exposição em renda variável (Ações ou Fundos Imobiliários) acreditando no “misticismo” por trás do investimento em Bolsa de Valores, que promete ganhos rápidos e exponenciais. Mas o que será que traz maiores retornos para o investidor brasileiro no longo prazo? A Renda Fixa, normalmente medida pelo CDI ou a Renda Variável, representada pelo Ibovespa?
O conteúdo do artigo também pode ser acessado no formato de vídeo em nosso canal do YouTube.
Ibovespa vs CDI, quem vence a disputa?
O mercado financeiro, de forma geral, utiliza o CDI como benchmark da renda fixa e o Ibovespa como benchmark da renda variável. Por isso, é comum encontrarmos gráficos comparando os retornos de longo prazo, desses indicadores. Trazendo um exemplo de uma matéria publicada no site da CNN Brasil, com o seguinte título “Desde o Plano Real, bolsa rendeu 2.524% – metade do CDI, mas o dobro da poupança” e com o gráfico abaixo:

Observamos que o CDI (linha azul), teve um desempenho bem superior ao Ibovespa (linha amarela), desde o início do Plano Real no Brasil até o ano 2020. Verificando essas informações, podemos chegar à conclusão que investindo em Renda Fixa (CDI) no longo prazo, teremos um retorno bem melhor em nossa carteira de investimentos, do que tomando riscos e alocando nosso capital em investimentos medidos pelo Ibovespa. Mas será que devemos parar nosso estudo por aí?
Entendendo o Ibovespa
Vamos fazer uma análise rápida do Ibovespa – índice que representa o retorno das principais ações listadas na bolsa de Valores, B3, para entender melhor sua composição e aprofundar nosso estudo.

Utilizando as informações retiradas do site da B3, no dia 24/08/2022, analisando as 10 maiores posições do índice Ibovespa, identificamos que 26% da composição está representada por empresas de commodities (Vale e Petrobrás) e 14% por Bancos (Itaú, Bradesco e BB), o que nos leva a concluir que o principal índice de ações brasileiras é bem concentrado nestes 2 setores. O principal ponto de reflexão aqui, é que não necessariamente esse grupo de empresas e setores representam as reais oportunidades que podemos encontrar na bolsa de valores e na economia brasileira.
E se existisse um método ou uma forma de superar o Ibovespa consistentemente no longo prazo, será que mesmo assim a Renda Fixa (CDI) continuaria vencendo a disputa?
Fundos de Investimento em Ações vs Ibovespa
Uma alternativa para o investimento em Renda Variável (Ações), é o investimento através de fundos de gestão ativa, em outras palavras, fundos que fazem operações ativas na bolsa de valores com objetivo de superar seu benchmark, normalmente o Ibovespa.
Quando analisamos o Índice IQT Ativo (índice quantum Ibovespa ativo), ou seja, a média ponderada por volume de todos os fundos que possuem o IBOVESPA como Benchmark do mercado, já líquido de todos os custos, chegamos aos seguintes resultados:


Observamos que o índice IQT Ativo desde 1996, teve retorno bem superior ao Ibovespa e inclusive superior ao CDI, gerando maiores ganhos ao investidor que optou por fundos de gestão ativa.
Conclusão
Considerando todas as informações incluídas nesse estudo, chegamos a pelo menos 2 considerações importantes:
– O Ibovespa pode não ser o melhor índice para representar a Renda Variável brasileira e suas oportunidades.
– Uma alocação de ativos efetuada de forma inteligente e diversificada, potencializa os resultados de uma carteira de investimentos de longo prazo.
Não é necessário escolher a Renda Fixa (CDI) ou a Renda variável (Ibovespa ou outro índice), mas sim saber alocar os seus recursos de forma inteligente.
De encontro a este problema, existe a figura do do Consultor de Investimentos credenciado na CVM, que, além de ter amplo conhecimento sobre o mercado financeiro, seleciona os melhores investimentos para seu cliente, baseado no seu perfil de risco e livre de conflitos de interesse.