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Uma Reflexão para o 20 de Setembro

O Rio Grande do Sul viveu momentos difíceis com as enchentes que ocorreram em maio deste ano. A tragédia impactou milhares de famílias, mostrando o quão vulneráveis somos diante das forças da natureza. Mas, como já vimos tantas vezes na história do nosso estado, é nas adversidades que os gaúchos demonstram sua força e resiliência. E é nesse espírito que, chegando em 20 de setembro, data em que celebramos a Revolução Farroupilha e a luta por autonomia e dignidade, devemos refletir sobre a importância de manter nossa solidez em tempos de desafios. 

Assim como nossos antepassados lutaram por igualdade e liberdade com coragem e determinação, hoje nos deparamos com desafios econômicos e financeiros que exigem visão estratégica e resiliência.

Superquarta e o Cenário Macroeconômico

Nesta semana tivemos a Superquarta com decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Apesar da coincidência de datas, as decisões econômicas seguiram caminhos opostos, mostrando como o cenário global pode afetar nossas finanças pessoais. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) surpreendeu o mercado ao reduzir a taxa de juros em 50 pontos-base, levando-a para o intervalo de 4,75% a 5%. Essa decisão “dove” (menos agressiva) elevou a atratividade das taxas brasileiras pois o Comitê de Política Monetária (Copom), aqui no Brasil, decidiu aumentar a taxa Selic em 25 pontos-base, chegando a 10,75%. A disparidade entre as taxas favorece a entrada de capital estrangeiro, fortalecendo o real frente ao dólar. 

O aumento da Taxa Selic mostra a importância de um Banco Central independente e reflete o cenário de uma economia que opera acima do potencial, com indicadores de consumo e emprego fortes e que demonstra expectativas inflacionárias subindo. O grande problema é que parte desse aquecimento da economia se deve ao gasto governamental. Esse descontrole fiscal do governo brasileiro, aliado à incerteza sobre políticas de arrecadação, complica o cenário futuro. O ministro da economia promete que a conta irá fechar, mas ela não pode ser fechada através do aumento de impostos, já temos uma das maiores cargas tributárias do mundo. Ninguém aguenta pagar mais imposto.

Como isso deveria ser resolvido? Com cortes de gastos, redução da máquina pública, corte de benefícios e privilégios, além de reformas estruturais como a tributária e administrativa. Se eu acho que eles vão fazer isso? Não, esse governo não fará isso. Se continuar assim é provável que tenhamos um pico inflacionário em médio prazo tal como tivemos no segundo mandato da ex-presidente Dilma. 

Oportunidades e precauções, o que fazer?

Como falei na carta do mês passado, não podemos esquecer que a diversificação é fundamental para o sucesso em longo prazo. O simples objetivo de superar o CDI pode não ser suficiente, há momentos na história em que um retorno de 100% do CDI perde para a inflação, logo ela, que já se desenha no nosso horizonte. Nesse sentido, diversificar a carteira é muito importante, veja essa tabela de retorno dos últimos 5, 10 e 15 anos de diferentes classes de ativos:

Como disse Harry Markowitz, o pai da teoria moderna do portfólio, ganhador do prêmio Nobel de Economia em 1990:

“A diversificação é o único “almoço grátis” que existe.”  

Ao observamos graficamente o resultado dos últimos dez anos dos seguintes ativos: bolsa americana, títulos prefixados, títulos indexados à inflação, o Ibovespa e títulos pós fixados percebemos que o resultado do S&P 500 (500 maiores empresas americanas incluindo a variação cambial) e títulos indexados à inflação (com taxas de pelo menos IPCA + 6% ao ano), foram os mais atrativos:

Nesse sentido, com a Selic se mantendo em patamares elevados, a inflação ainda em foco e com a queda do dólar, as melhores oportunidades no cenário atual estão justamente nessas duas classes. 

Os títulos de renda fixa atrelados à inflação oferecem uma proteção sólida contra a corrosão do poder de compra e ainda aproveitam a elevada taxa de juros real. Para os investidores que buscam segurança e rentabilidade no longo prazo, os títulos indexados ao IPCA apresentam uma excelente combinação de estabilidade e ganhos reais, estamos conseguindo comprar títulos privados com taxas próximas de IPCA + 7% ao ano.  

Além disso, a já citada valorização do real frente ao dólar, impulsionada pela disparidade nas taxas de juros entre Brasil e Estados Unidos, abre uma janela estratégica para quem deseja investir em dólar. Com o câmbio mais favorável, surge a oportunidade de fazer remessas de recursos ao exterior a um custo menor. Isso facilita a construção de posições em ativos internacionais, diversificando o patrimônio e mitigando riscos de concentração no mercado doméstico.

Uma Reflexão para o 20 de Setembro

O 20 de setembro é uma data importante para os gaúchos, que nos relembra a importância de lutar por aquilo em que acreditamos e de agir com estratégia e resiliência. No mercado financeiro, essas mesmas lições se aplicam. Ao mantermos um olhar atento sobre o cenário macroeconômico, adaptando nossas estratégias de acordo com as condições externas, podemos garantir a proteção e o crescimento do patrimônio de nossos clientes.

Assim como os gaúchos sempre se reergueram, nós também podemos transformar crises em oportunidades. A Musa Capital está aqui para guiar você com segurança nesse cenário desafiador, sempre com o compromisso de agir com integridade, transparência e foco no seu sucesso financeiro. Se você busca uma estratégia de investimento sólida, com foco no longo prazo e na proteção do seu patrimônio, estamos prontos para ajudar. 

Estamos comprometidos em proporcionar a você uma consultoria financeira de alta qualidade, independente e alinhada aos seus objetivos. Confie na nossa experiência e integridade para guiar seus investimentos de maneira segura e eficiente.

Aqui na MUSA somos consultores financeiros independentes, regulados pela CVM. Temos um time de profissionais qualificados e parceiros estratégicos altamente capazes e, estaremos ao seu lado prestando uma consultoria independente, livres de conflitos de interesse, comissões e taxas escondidas. Afinal, pra gente, a sua liberdade financeira é o nosso legado.

Stefano Tremea, CFP®

Consultor autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Certified Financial Planner (CFP) certificado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar) e habilitado junto à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro. Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pós-graduado em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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