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Você conhece os FI-INFRA? Saiba tudo sobre os Fundos Incentivados de Investimento em Infraestrutura

Atualizado: 2 de out. de 2023

Conheça tudo que você precisa saber sobre os FI-INFRA e quais as semelhanças e diferenças que eles têm em relação aos Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs).


Os fundos de infraestrutura foram regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários no fim de 2019. O objetivo dos FI-INFRA é captar e investir recursos em setores atrelados à infraestrutura do país, tais como: energia elétrica, saneamento básico, concessões rodoviárias e etc. Até 2019, já existiam fundos de investimento que permitiam ao investidor se expor a essa classe de ativos, entretanto isso era feito por fundos de crédito privado ou por FIDCs. Como forma de ampliar a atratividade para o investidor que deseja investir em projetos de infraestrutura com isenção fiscal (nos fundos de renda fixa de crédito privado não há isenção de IR) e que possa obter retornos maiores com mais segurança (regras mais limitadas do que as dos FIDCs), foi criado o FI-Infra. Diferentemente dos FIDCs, nos FI-Infra existem regras para concentração máxima e alocação mínima de debêntures de infraestrutura.


Gostou da novidade?


Calma que elas não param por aqui, ainda vou comparar os FIIs com os FI-Infra para facilitar o seu entendimento:

A primeira grande diferença dos FIIs e dos FI-Infra é em relação ao perfil de risco dos fundos. Enquanto um FII de papel investe no segmento imobiliário, o FI-Infra investe em projetos de infraestrutura, que tendem a ter um prazo mais longo de retorno. Sua garantia geralmente é o direito de exploração do serviço gerado pelo projeto. O FI-Infra geralmente tem um perfil de risco maior porque, além de investir em projetos de longo prazo, investem em debêntures que não têm rating tão elevado.

Tanto os FIIs quanto os FI-Infra podem ser negociados em bolsa de valores (código com final 11). Ambos pagam rendimentos constantes, entretanto os FI-INFRA não têm obrigação de distribuir 95% do lucro-caixa todo mês. Ambos contam com isenção de imposto de renda (IR) para a distribuição de dividendos, entretanto os FI-INFRA têm uma vantagem a mais, HÁ ISENÇÃO DE IR nos ganhos de capital com as vendas das cotas de FI-Infra, então aqui já temos um bom benefício fiscal.

Além disso, os FIIs se dividem geralmente entre fundos de tijolos (que investem em imóveis físicos) e de papel (aplicam em títulos de dívida). Os fundos de infraestrutura são divididos entre o FIP-E e o FI-Infra. O FIP-E é mais parecido com os fundos de tijolo. Nesse tipo de fundo, o cotista é dono de uma porção do projeto e recebe seus dividendos. Já o FI-Infra é mais parecido com um FII de papel. Sua receita vem dos proventos dos títulos de dívidas nos quais investe. São majoritariamente debêntures de infraestrutura que devem fazer parte de, no mínimo, 85% da carteira. Os 15% restantes podem ser aplicados em outros títulos de dívida.

CONCLUSÃO

Os FI-Infra vieram para ficar. A cada semestre, novos fundos são lançados e os que já existem estão realizando emissões de novas cotas para captar mais recursos e poderem continuar no processo de expansão. Eles são muito semelhantes a FIIs de papel, mas com algumas vantagens e desvantagens. As principais vantagens são tributárias, pelo fato de terem tanto dividendos como a venda de cotas com isenção de IR, além de investirem em setores que nosso país precisa bastante, que é o setor de infraestrutura. Por outro lado, as desvantagens estão relacionadas a um maior risco envolvido no rating das dívidas que os fundos compram, geralmente de empresas menores, o que aumenta os riscos de default.

Coloque no seu radar, acompanhe mais de perto esse novo tipo de fundo. Aqui na Musa, entendemos que pode ser interessante contar com eles em carteira, mas não deixe de estudar e verificar se os mesmos se aplicam ao seu perfil e às suas necessidades. Aqui somos especialistas em montagem de portfólios personalizados. Assim, caso queira contar com o suporte de nossa equipe, não deixe de entrar em contato.

Aqui na MUSA somos consultores financeiros independentes, regulados pela CVM. Temos um time de profissionais qualificados e parceiros estratégicos altamente capazes e, estaremos ao seu lado prestando uma consultoria independente, livres de conflitos de interesse, comissões e taxas escondidas. Afinal, pra gente, a SUA liberdade financeira é o nosso legado.

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Stefano Tremea

Stefano Tremea, CFP®

Consultor autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Certified Financial Planner (CFP) certificado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar) e habilitado junto à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro. Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pós-graduado em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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