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Renda Variável: conheça os tipos de investimentos

Atualizado: 2 de out. de 2023

Neste artigo, vamos explicar o que é a renda variável e quais são os principais tipos de investimento deste ramo.

Investimentos em renda variável são ativos que não possuem um retorno pré-definido ou sequer previsível no momento em que se está investindo. Justamente por isso, possui o nome “Variável”, diferentemente da renda fixa.

Dessa forma, não é possível sabermos de antemão quanto o investimento irá render, ou se terá rendimento, pois alguns investimentos podem desvalorizar dentro de um período específico. Sendo assim, podemos compreender que é um tipo de investimento que não nos garante nenhum tipo de retorno, ou a devolução do valor investido inicialmente. Porém, investir neste ramo pode trazer bons retornos no longo prazo.

A renda variável geralmente possui mais volatilidade, isso é natural do mercado, alguns dos principais fatores que auxiliam nesta oscilação, são:

- Condições do mercado;

- Empresa ou ativo principal em que se está investindo;

- Cenário econômico e político local e externo;

- Setor de atuação;

- Variações do Produto Interno Bruto (PIB);

- Inflação;

- Taxa de juros;

- Câmbio.

Em relação aos tipos de investimento em renda variável, cada um possui a sua particularidade. Falaremos detalhadamente sobre cada um deles, logo abaixo:


Ações

A ação representa a menor parcela de capital de uma empresa. Quando uma empresa decide emitir ações e colocá-las à venda, é porque possui o objetivo de arrecadar mais dinheiro possível, para potencializar o seu crescimento no mercado.

Quando o investidor opta por comprá-la, acaba se tornando sócio da empresa e assim, possui o direito de receber os lucros que a empresa obtém durante o período em que o investidor está com as ações. O recebimento desses lucros, se chama dividendos, e representa uma das formas de se ganhar dinheiro investindo em ações.

A segunda forma vem através da valorização da ação na bolsa de valores, que pode oscilar conforme o mercado e os resultados que a empresa vem apresentando. Nesse aspecto, o ideal é encontrar uma empresa com um bom potencial de crescimento que, quando concretizado, eleva o valor da companhia no mercado.

É importante salientar que existem duas modalidades de ações, as ordinárias, que dão direito ao investidor para votar, e as ações preferenciais, que dão prioridade no recebimento de dividendos e reembolso de capital.


Fundos de Investimentos Imobiliários - FIIs

Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) surgiram como uma alternativa para tornar o investimento em imóveis mais acessível ao grande público. Ou seja, os recursos dos FIIs são investidos diretamente no mercado imobiliário, podendo ser em shoppings, hotéis, salas comerciais, entre outros.

Nesta modalidade, o investidor adquire um determinado número de cotas e passa a ter direito a receber parte da renda obtida com os ativos. Os rendimentos provenientes desse fundo, são divididos para todos os investidores, proporcionalmente a quantidade de cotas que cada um possua.

Existem diversos tipos de fundo imobiliário, são alguns deles:

  • Fundos de papel: investem em ativos de renda fixa, ligados ao mercado imobiliário, como Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letra de Crédito Imobiliário (LCI);

  • Fundos de tijolo: possuem a maior parte do portfólio em imóveis físicos — podendo investir em construção, compra e venda, aluguel etc.;

  • Fundos de fundos: Priorizam a aquisição de cotas de outros fundos de investimento imobiliário.

É importante salientar que os FIIs também oscilam conforme as condições do mercado.


Exchange-Traded Funds - ETFs

Também conhecidos como fundos de índices, são fundos que realizam suas aplicações de acordo com os índices financeiros (como o Ibovespa, por exemplo), acompanhando o seu desempenho. Através de um ETF o investidor estará aplicando em diversas ações, sem precisar comprar um papel de cada vez.

O objetivo principal dos ETFs é proporcionar aos investidores a opção de investir em carteiras parecidas com algumas referências do mercado financeiro, como Ibov, S&P 500, Bitcoin, etc.


Opções

São direitos de vender ou comprar uma ação em uma data futura (específica) e por um preço previamente estabelecido. É classificado como Derivativo, pois o preço da opção deriva do preço do ativo em questão (ação), e por isso, possuem alta volatilidade. Existem diversas estratégias com opções, tanto para proteção da carteira quanto especulação para potencializar ganhos, ao passo que o risco é mais elevado do que investir em ações.


Câmbio

São investimentos realizados/lastreados em moedas estrangeiras. Geralmente esse tipo de investimento é utilizado para diversificação da carteira, com a finalidade de proteger o patrimônio do investidor das oscilações presentes do mercado brasileiro.

Existem diversas alternativas para se investir em câmbio, como os fundos cambiais, contratos, minicontratos futuros de dólar ou até mesmo com Certificados de Operações Estruturadas (COEs).


Futuros

Os contratos futuros são acordos de compra ou venda de ativos, com um preço definido, em uma data futura. Ou seja, funciona como garantia para quem compra e para quem vende. Representam uma forma bem comum de se investir em commodities, pois é através deles que se torna possível investir em café, soja, boi, milho, entre outros...

Nos casos de contratos futuros, ocorrem os chamados Ajustes Diários, pois a bolsa apura diariamente os lucros e os prejuízos nos derivativos. Dessa forma, pode ser necessário o investidor realizar um depósito para cobrir uma eventual perda, esse processo também é conhecido como chamada de margem.


Criptomoedas

São moedas/contratos virtuais, que não são controladas pelos bancos centrais e entidades de mercado. Entre as mais famosas, estão o Bitcoin e o Ethereum. No Brasil já existem fundos de investimentos e ETFs regulados pela CVM que possibilitam o investidor a acessar esses ativos.

Creio que você deve estar se perguntando, “tudo bem Gabriela, mas quais são as vantagens e desvantagens da renda variável?”

Bom, primeiramente, com a renda variável, é possível obter rendimentos bem superiores ao de renda fixa. Claro que é necessário fazer um acompanhamento dos ativos e, idealmente, focar no longo prazo. Se o mercado estiver favorável e as empresas estiverem crescendo cada vez mais, certamente o investidor poderá obter bons retornos em seus investimentos em ações, por exemplo.

Além disso, como ponto positivo, na renda variável é possível encontrarmos uma gama enorme de ativos disponíveis para investimento. Dessa forma, o investidor poderá optar por ramos ou segmentos de acordo com os seus objetivos e estratégia.

Outra vantagem de destaque, é a possibilidade de recebimento de proventos, sejam dividendos ou até mesmo juros pelo capital próprio.

Além disso, neste ramo, os ativos não possuem um prazo determinado, como estipulado na maioria dos investimentos de renda fixa. Dessa forma, é possível investir com foco no curto prazo, longo prazo ou até mesmo em day-trade (operações de compra e venda realizadas no mesmo dia).

Por outro lado, como nem tudo são flores, os investimentos em renda variável possuem mais risco, se comparado com os de renda fixa por exemplo, justamente por conta de não ser possível obtermos uma garantia ou uma previsão de quanto o investimento renderá ou valorizará durante o período. Outro ponto importante, como a renda variável fica suscetível aos acontecimentos do mercado, os investimentos deste ramo acabam por oscilar constantemente.


Como saber se é hora de investir em renda variável?

Então, é muito comum observarmos pessoas que se questionam, “como de fato eu sei que é o meu momento de investir em renda variável?”

Antes de tudo, o ideal para que se possa iniciar os investimentos neste ramo, é ter uma reserva de emergência criada de acordo com o seu perfil. Se você não sabe como fazer a reserva de emergência, temos um artigo sobre aqui no site.

Feito isso, sugere-se que o investidor busque um auxílio de um profissional capacitado, para que ele possa elaborar a melhor estratégia, de acordo com o seu perfil. Como os investimentos em renda variável são mais arriscados, é comum vermos notícias de pessoas que acabaram entrando na bolsa e perdendo muito dinheiro, realizando day-trade, por exemplo. Por isso, sugerimos que você busque auxílio com um de nossos profissionais, entre em contato conosco para que possamos te ajudar da melhor forma possível.


Qual valor mínimo para investir em renda variável?

Não existe um valor mínimo inicial, é possível adquirir lotes menores dos papéis, por um valor inferior (conhecido como valor fracionário). Em relação à fundos de ações, existem alguns que permitem aplicações iniciais a partir de R$ 1,00, por exemplo.


A dúvida que pode surgir é, “Vale a pena investir?”

Certamente! Os investimentos em renda variável podem proporcionar rendimentos bem atrativos para sua carteira, desde que seja feita uma análise de seu perfil, e seguindo uma estratégia bem determinada.

Lembre-se que o sucesso ao investir depende de boas estratégias e muito conhecimento. Existem muitos tipos de investimento no mercado, porém cada um deve ser ajustado de acordo com a sua finalidade. Conte conosco nesse processo.


Gabriela Flores, CEA

Gabriela Flores

Gabriela Flores, CEA

Especialista em Investimentos certificada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Possui mais de 4 anos de experiência no mercado financeiro. Bacharela em Administração e Mercado Financeiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).




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