Você sabe o que é um investidor profissional ou um investidor qualificado? Os critérios da CVM para se tornar um investidor qualificado ou profissional, se relacionam com a garantia de que, quem aloca os recursos, tem mais consciência sobre os riscos. Ou seja, essas classificações são fundamentais para impedir que investidores inexperientes se exponham a riscos desnecessários. Além de preservar o patrimônio dos investidores, essas medidas garantem a saúde de todo o mercado financeiro. No artigo de hoje vamos explicar os critérios para se tornar um investidor qualificado e um investidor profissional, bem como detalhes técnicos sobre cada um deles. Beleza? Então, vamos lá!
O que é um Investidor qualificado?
O Investidor qualificado é uma classificação dada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para as pessoas que possuam um vasto conhecimento sobre investimentos ou, que tenham um patrimônio elevado para se investir. O objetivo da CVM com esta definição, é garantir que os investimentos oferecidos estejam de acordo com o risco e patrimônio investido. Além disso, visa proteger o pequeno investidor de aplicar em investimentos muito arriscados que não condizem com o seu perfil, garantindo que não sejam expostos desnecessariamente ou causem danos ao seu patrimônio.
Quais são os diferenciais?
Existem investimentos que somente os investidores qualificados possuem acesso. Estes, costumam ter acesso à maioria das classes e produtos de investimento que estão disponíveis no mercado, além de produtos de renda fixa com taxas de retorno mais atrativas, Fundos de Investimentos Imobiliários exclusivos, dentre outras opções. Porém, também costumam ser mais arriscados. Logo abaixo, temos uma lista dos produtos que costumam ter opções mais restritas ou exclusivas para os investidores qualificados:
- Fundos de Investimentos em Participações (FIP);
- Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI);
- Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA);
- Fundo de Investimento no Exterior (FIEX);
- Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC);
- Fundos de Investimentos Imobiliários (FII).
Este diferencial possibilita fortalecer a montagem de uma carteira mais diversificada, com riscos mais diluídos e ganhos maximizados. Além disso, costumam ter acesso a taxas de administração menores em bancos ou corretoras, visto que as instituições costumam garantir preços mais acessíveis para grandes aportes, pois ganham no volume das operações.
É importante ressaltar que, a restrição a certos investimentos para Investidor Qualificado é necessária, tendo em vista que o investidor comum pode não ter ciência de todos os riscos envolvidos nestes produtos.
Como se tornar um investidor qualificado?
Para se tornar um investidor qualificado, existem duas opções:
1ª opção: Possuir no mínimo R$ 1 milhão aplicado em investimentos ou disponível para investir. Além disso, o investidor deve solicitar para a corretora ou para o banco, o Termo de Investidor Qualificado, onde ateste por escrito de que é capaz de entender e ponderar os riscos financeiros relacionados à aplicação para o perfil de investidor qualificado, conforme Instrução CVM nº 539.
2ª opção: Pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM, que comprovem os conhecimentos necessários. São elas:
- Certificado CFP (planejadores financeiros);
- Certificados CNPI (analistas de investimentos);
- Certificado CEA (assessores de investimento);
- Certificado CGA (gestores de recursos de terceiros);
- CFA III – Chartered Financial Analyst;
- AAI - Agentes autônomos de investimentos.
Obs.: Clubes de investimento que possuam um ou mais cotista como investidor qualificado, também fazem parte e podem investir em produtos designados para este perfil.
Investidores profissionais
Em relação aos investidores profissionais, você já ouviu falar sobre eles?
Todo investidor profissional, é um investidor qualificado. Os investidores profissionais podem ser pessoas físicas ou jurídicas que tenham investimentos financeiros em valor superior a R$ 10 milhões. Eles também devem atestar por escrito a condição de investidor profissional. Além disso, também são considerados como investidores profissionais:
- Instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
- Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
- Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
- Fundos de investimento;
- Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de carteira de valores mobiliários autorizado pela CVM;
- Analistas e consultores de valores mobiliários, administradores de carteira, Agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, em relação a seus recursos próprios;
Diferença entre investidor profissional e investidor qualificado
Basicamente, a única diferença persiste no valor do patrimônio, de R$ 1 milhão para R$ 10 milhões.
E então gostou do nosso artigo de hoje?
Temos mais conteúdos, continue estudando investimentos seja aqui no nosso Blog, no perfil do Instagram ou no YouTube. Deixe seu comentário, sobre o que achou do resumo, a sua opinião é muito importante pra gente e não esqueça de compartilhar esse artigo com amigos e familiares.
Aqui na MUSA somos consultores financeiros independentes, regulados pela CVM. Temos um time de profissionais qualificados e parceiros estratégicos altamente capazes e, estaremos ao seu lado prestando uma consultoria independente, livres de conflitos de interesse, comissões e taxas escondidas. Afinal, pra gente, a SUA liberdade financeira é o nosso legado.
Quer saber mais sobre o nosso conceito de trabalho? Acesse o botão abaixo:
Gabriela Flores, CEA
Especialista em Investimentos certificada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Possui mais de 4 anos de experiência no mercado financeiro. Bacharela em Administração e Mercado Financeiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Comments