Inflação é o termo utilizado para designar o aumento generalizado de preços de bens e de serviços, isto é, o aumento do custo de vida e por consequência, a redução do poder de compra da moeda. Vamos a um exemplo prático: Ida ao supermercado. O preço dos produtos nas prateleiras certamente não são os mesmos, se compararmos com os de 10 ou 15 anos atrás. Este é um exemplo visível do impacto da inflação. Porém, a inflação também afeta outros itens, como os automóveis, aluguéis ou até mesmo mensalidades (por exemplo, a faculdade).
Quais são as causas da inflação?
A inflação pode ter várias causas, vejamos algumas delas:
- Pressões de Demanda:
Quando existe pouca quantidade de um produto, porém muitas pessoas o desejam, o preço do produto tende a subir. Isto ocorre pois é necessário manter o equilíbrio entre a oferta e a demanda.
Por exemplo: o preço de uma garrafa de refrigerante. Quando o produto está nas prateleiras do mercado, junto com muitas outras, o preço será um. Se, essa mesma garrafa de refrigerante for vendida em uma praia lotada, em um dia de sol, o preço cobrado será outro.
- Aumento ou pressões nos custos de produção:
Neste caso, o aumento ocorre devido aos fatores que impactam diretamente no preço final de um produto.
Por exemplo: Quando o custo de uma matéria-prima se eleva, o fabricante ou produtor do produto, terá de repassar este reajuste para o consumidor final, reajustando o seu preço de venda.
Como um segundo exemplo, também podemos pensar da seguinte forma: Vamos supor que ocorra um aumento no preço da energia elétrica. Com isso, todas as indústrias/fábricas que necessitam de energia para produzir, terão de pagar mais caro para manter o mesmo nível de produção. Decorrente disso, a indústria ou fábrica terá de repassar esse custo ao seu intermediário ou ao consumidor final.
Como um terceiro exemplo, podemos pensar no aumento do preço combustível. Por conta disso, todo o transporte envolvido na logística de produção/distribuição de um produto, será mais caro. Dessa forma, também seria necessário repassar este aumento aos intermediários e consumidores finais.
- Inércia inflacionária e expectativa de inflação
A inércia inflacionária é o processo de reajuste automático de preços, baseado em uma inflação passada e refletido nos preços atuais. Por exemplo, quando temos um reajuste de aluguel, ou de salário por exemplo, o objetivo é recompor a renda dos proprietários dos imóveis e dos trabalhadores, visto que ambas foram afetadas pela inflação. Porém, isto acaba por gerar uma retroalimentação da inflação.
Em relação à expectativa de inflação, relaciona-se ao processo em que a inflação passada gera expectativa de inflação futura. Aqui, podemos utilizar o exemplo de um comerciante, que se antecipa e realiza o aumento de preços em sua loja, pois possui uma expectativa de aumento dos preços de forma geral.
- Aumento de emissão de moeda
Em alguns casos (gastos do governo superiores às receitas), pode ser necessário produzir mais papel-moeda. Com isso, é possível ter um maior volume de dinheiro em circulação, se tornando maior que a oferta de produtos e serviços. Com mais dinheiro circulando em relação à oferta, os preços aumentam.
- Alteração na taxa de juros
Quando a taxa Selic é alterada, a mesma também impacta diretamente na inflação. Por exemplo, uma redução na taxa de juros, estimula o consumo e o aumento da demanda. Dessa forma, a inflação também irá aumentar.
Quais as consequências e impactos da inflação?
O aumento da inflação gera diversos impactos na economia e no nosso dia a dia. A seguir, listamos alguns impactos que a inflação pode gerar:
Um dos principais efeitos da inflação, é a capacidade de diminuir o poder de compra da população. Em outras palavras, é o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda. Ou seja, ao longo do tempo não conseguimos comprar os mesmos produtos, com a mesma quantidade de dinheiro anterior. Veja os principais produtos que sofreram ajustes (alguns acima da inflação), no ano de 2021:
Outro impacto importante, nos casos em que a inflação está muito alta, a mesma acaba por aumentar também o custo da dívida pública.
Por último, mas não menos importante, é em relação ao rendimento dos investimentos. A inflação pode impactar diretamente no rendimento real, isto é, o rendimento descontado da inflação corrente do período. Vamos a um exemplo: Um investimento que teve um retorno de 12% ao ano, porém a inflação foi de 10%, terá um rendimento real de 2%. Porém, se este investimento tivesse rendido 8% ao ano, teria um rendimento real negativo (-2%), ou seja, o investidor ainda assim acabaria perdendo parte de seu dinheiro.
A inflação não é tão prejudicial à população se estiver controlada, ou seja, dentro das metas do governo, e principalmente se estiver acompanhada de ajustes compatíveis no salário mínimo. Caso contrário, uma inflação maior do que a capacidade de absorção da economia certamente causará grandes transtornos na vida das famílias e no planejamento das empresas.
Por isso a importância de investir corretamente, seguindo uma estratégia sólida e contando com o acompanhamento de um profissional certificado.
E então, ficou com alguma dúvida? Entre em contato conosco para que possamos proteger seu patrimônio da inflação.
Gabriela Flores, CEA
Especialista em Investimentos certificada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Possui mais de 4 anos de experiência no mercado financeiro. Bacharela em Administração e Mercado Financeiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
댓글