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Goal-Based Investing: como funciona e por que você deve utilizar ele

Atualizado: 2 de out. de 2023


Goal-Based Investing: como funciona e por que você deve utilizar ele

Goal-based Investing (GBI) pode ser traduzido como investimentos baseados por metas. É uma metodologia relativamente nova para a gestão de patrimônio, que direciona os seus investimentos com o foco em atingir objetivos de vida específicos.

Tenho certeza que você já abriu sua carteira de investimentos, viu aquela série de aplicações em renda fixa, renda variável e ficou na dúvida se estaria indo no caminho certo para alcançar seus sonhos e projetos de vida. Então, já aconteceu com você? Em algum momento isso já aconteceu comigo! Foi quando conheci o GBI e essa dúvida desapareceu.


O que é o Goal-Based Investing?


O investimento baseado em metas difere do investimento tradicional, pois seu parâmetro-base para fins de comparação será a realização dos sonhos e projetos de vida que você consegue alcançar em vez de quão bem seus investimentos rendem em relação à média do mercado em um determinado período. Entrando na seara das finanças comportamentais, significa muito mais experenciar o sucesso do sonho atingido do que ver a sua carteira render 0,1% a mais.

Investimentos por Objetivos

Montar a sua carteira baseada em objetivos é um grande facilitador no processo de tomada de decisões. A possibilidade de analisar separadamente cada uma das suas metas e destinar as devidas estratégias de alocação para cada uma delas faz você ficar menos suscetível a tomar decisões por impulso ou por grandes oscilações no mercado. Além disso, por meio do GBI, evitamos alguns erros comuns por parte de investidores pouco experientes, como, por exemplo, aplicar em ativos de renda variável para projetos de curto e médio prazo.

Em síntese, o foco do investimento baseado em objetivos é garantir que você tenha dinheiro suficiente para cada sonho ou projeto de vida que você almeja, seja de curto, de médio ou de longo prazo. Pensando isso desde a simples troca de um carro, e/ou aquisição de um imóvel, até a aposentadoria.


Exemplos de Aplicação


Considere o seguinte cenário: João tem 64 anos e espera se aposentar dentro de um ano. Ele já tem um patrimônio considerável e suficiente mas não há sobras, de modo que já chegou exatamente no número de sua liberdade financeira. Dessa forma, ele não pode se dar ao luxo de perder nem 10% de sua carteira de investimentos, afinal ele tem um objetivo importante para o curto prazo. Se a bolsa de valores despencar 20% nesse ano e a carteira dele cair “apenas” 10%, o fato de a carteira ter superado o mercado em 10 pontos percentuais não significaria nada para ele, pois ele viu seu sonho da aposentadoria ficar mais distante. No lugar da ganância de querer ganhar mais, João precisa se concentrar mais em manter seu patrimônio e não ficar lutando para aumentar ele, pois os riscos de perda não compensam a possibilidade de ganho a mais..

Agora, pensemos o seguinte cenário: João tem um filho Rafael e este tem 30 anos. Rafael quer se aposentar como o pai, aos 65 anos de idade. Está na fase de acumulação de patrimônio e tem a perspectiva de montar uma carteira de investimentos que o auxilie e acelere essa jornada. Rafael já tem sua reserva de emergência e não tem nenhum outro projeto de curto prazo. No momento só quer investir para a aposentadoria, ele pode ter Renda Variável na carteira? Com certeza! Com um farol de longo prazo para alocação, aliado com uma carteira de investimentos bem montada, ele deve sim ter renda variável, pois isso lhe trará mais performance.

O GBI revisa o conceito de sucesso com base nas necessidades e objetivos dos clientes. Se temos como metas principais economizar para a aposentadoria iminente e um planejamento de aposentadoria para daqui 30 anos, uma estratégia de investimento seria mais conservadora para o primeiro e relativamente mais agressiva para o segundo, pois o prazo de utilização dos recursos seria diferente. Os comentários de Jason Zweig no livro de Benjamin Graham, O Investidor Inteligente, exemplificam bem o conceito do que é o GBI e a sua importância:

O Investidor Inteligente


E como colocar em prática?

Defina objetivos inteligentes com metodologia SMART


Sem um caminho bem definido não chegamos a lugar algum, a correta definição dos objetivos facilita o atingimento das metas. Para tanto a metodologia SMART: S de Specific (Específico), M de Measurable (Mensurável), A de Attainable (Alcançável), R de Relevant (Relevante) e T de Time Based (ou Temporal), é uma ferramenta importante para a definição dos nossos objetivos e metas:

  • Específico: direto ao ponto. Exemplos: uma viagem para um local específico; a compra de um imóvel, o intercâmbio dos filhos, etc.

  • Mensurável: o que falta em números para atingir os objetivos. Exemplo: guardar R$20.000,00 para viagem a Tailândia.

  • Alcançável: um objetivo que seja realista. Dizer que vai guardar 10 mil reais por mês, sendo que a sua renda é de 10 mil, é intangível e não vai acontecer.

  • Relevante: priorize o que é prioridade, assim é possível ter mais clareza e disciplina para economizar.

  • Temporal: definição do prazo, ou seja, tempo que você terá para chegar no valor pretendido. O ideal é definir objetivos com a maior antecedência possível. Aqui você define e entende qual será a frequência dos aportes e quanto tempo haverá para se chegar à meta desejada.

Exemplo de meta bem desenvolvida: Guardar em um ano, 20 mil reais para uma viagem à Tailândia. Aportando regularmente 1650 reais por mês. Simples, direto e compacto.


E ai? Gostou de saber mais sobre o Goal-Based Investing?


Aqui na MUSA somos consultores financeiros independentes, regulados pela CVM. Temos um time de profissionais qualificados e parceiros estratégicos altamente capazes e, estaremos ao seu lado prestando uma consultoria independente, livres de conflitos de interesse, comissões e taxas escondidas. Afinal, pra gente, a SUA liberdade financeira é o nosso legado.

Quer saber mais sobre o nosso conceito de trabalho? Acesse o botão abaixo:


Stefano Tremea

Stefano Tremea, CFP®

Consultor autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Certified Financial Planner (CFP) certificado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar) e habilitado junto à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro. Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pós-graduado em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).








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