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Fundos de Renda Fixa - o que são e como funcionam?

Atualizado: 2 de out. de 2023

Você já ouviu falar sobre fundos de renda fixa?


Neste artigo vamos explicar o que são os fundos de renda fixa, a sua composição e variações, além de suas vantagens perante o mercado.

Fundos de Renda Fixa - o que são e como funcionam?

Os fundos de renda fixa funcionam como uma espécie de condomínio. Isto é, os recursos de diversos investidores são reunidos para que o gestor possa aplicar em vários investimentos do mercado, respeitando a categoria.


Eles são compostos por títulos públicos, CDBs, LCIs/LCAs, debêntures, entre outros ativos do ramo. Além disso, são oferecidos por instituições financeiras, onde há um gestor capacitado que realiza a administração e o acompanhamento desta carteira. É através deste gestor, que a carteira busca constantemente os melhores resultados, se tornando um investimento dinâmico. Ou seja, possui a capacidade de se adaptar de acordo com o mercado atual.


- Certo Gabriela, mas como eu sei que o fundo é de renda fixa?


Para um fundo de investimentos ser considerado como fundo de renda fixa, é necessário que ele detenha no mínimo 80% dos investimentos da modalidade de renda fixa, (vinculados à variação da taxa de juros, índice de preços, etc). O restante do percentual da carteira (20%), podem ser aplicados em derivativos, estes, que por sua vez, servem como uma alavancagem para a carteira, proporcionando um maior rendimento.


Além disso, os fundos de renda fixa subdividem-se em algumas modalidades, definidas de acordo com a sua composição da carteira e prazo de duração dos investimentos que compõem a carteira do fundo. As principais são estas:


- Fundo de Renda Fixa Curto Prazo: são compostos por investimentos que possuem um vencimento mais curto, de até 375 dias.


- Fundo de Renda Fixa Longo Prazo: são compostos por investimentos que possuem um vencimento médio maior, acima de 365 dias. Nesta modalidade, a rentabilidade costuma ser maior, se comparado com a opção anterior.


- Fundo de Renda Fixa Simples: o fundo deve ser composto por no mínimo 95% de títulos públicos ou de ativos de instituições financeiras que possuam um baixo risco. Não pode ser composto por sua maioria em títulos privados.


- Fundo de Renda Fixa Referenciado: é atrelado a algum “benchmark”, busca sempre a rentabilidade de seu índice de referência, como a inflação ou o CDI. Sua composição deve ser de no mínimo 95% em ativos indexados ao índice selecionado. (Ainda deve-se prezar pelos 80% em títulos de baixo risco).


- Fundo de Renda Fixa de Dívida Externa: são compostos por no mínimo 80% do patrimônio em títulos de dívida externa do Brasil.


- Fundo de Renda Fixa de Crédito Privado: são compostos por no mínimo 50% de ativos em títulos privados. O percentual restante, pode ser utilizado para títulos públicos e também derivativos.


Creio que você deve estar se questionando, quais as vantagens dos fundos de renda fixa, correto?

  • Vantagens:

Os fundos de renda fixa possuem diversas vantagens, o seu diferencial é a possibilidade de investir em diversos ativos ao mesmo tempo, sem ter a necessidade de compra-los individualmente. Além de deter uma diversificação dos seus investimentos, apenas aplicando em único um fundo.

Além disso, por serem compostos por outros produtos, podem desempenhar uma rentabilidade superior ao CDI, diferentemente dos investimentos “unitários” em renda fixa (CDBs, LCI/LCAs, etc).

Outro ponto é importante é de que, eles ficam sob a gestão de um profissional, responsável pela administração da carteira. Dessa forma, não é necessário se preocupar tanto com o desempenho do fundo.

  • Tributação:

Em relação à tributação dos fundos de renda fixa, é importante analisarmos alguns pontos:


Os fundos de renda fixa são tributados através da tabela regressiva de IR, além de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O IOF incide apenas nos primeiros 30 dias do investimento, no restante, ele é isento.

A tributação do IR ocorre através da modalidade come-cotas, nos meses de maio e novembro, onde o investidor “paga” o imposto de renda, deduzindo a quantidade de cotas proporcional ao valor do imposto necessário para pagamento.

Como o fundo passa pela gestão de um profissional, também há a incidência da taxa de administração, que é destinada ao gestor ou para a instituição emissora do fundo. Também pode ocorrer a incidência de taxa de performance, cobrada apenas quando o fundo apresenta um desempenho acima de sua meta estipulada previamente (superando o seu benchmark). Mas, existem diversos fundos que não cobram este tipo de taxa.


E então, ficou com alguma dúvida?


Os fundos de renda fixa podem ser ótimas escolhas para a composição de sua carteira de investimento, pois podem proporcionar uma maior rentabilidade, com o mínimo de risco possível.

Lembre-se, é necessário que seja realizada uma análise para identificação do seu perfil de investidor, além da obtenção dos seus principais objetivos financeiros.


Entre em contato conosco, para que possamos te auxiliar da melhor forma possível!

Gabriela Flores

Gabriela Flores, CEA

Especialista em Investimentos certificada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Possui mais de 4 anos de experiência no mercado financeiro. Bacharela em Administração e Mercado Financeiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).





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