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Ciclos Econômicos

Atualizado: 2 de out. de 2023

Atualmente, temos uma sociedade com alta complexidade em um mundo cada vez mais globalizado. Paralelo a isso, vivemos de contínuas mudanças estruturais que são representadas por ciclos econômicos. Mas e o que são estes ciclos econômicos? Eles são caracterizados pelas oscilações que ocorrem na economia em curto prazo, envolvendo uma alternância de períodos de recuperação e prosperidade com períodos de relativa estagnação ou recessão. No artigo de hoje vamos detalhar o conceito de Ciclo Econômico e onde seria o ideal de alocar em cada uma das fases.


Entendendo o ciclo econômico


Os ciclos econômicos estão diretamente ligados à concessão e contração de crédito. Isso acontece pois as mudanças na taxa básica de juros de um país têm impacto direto na atividade econômica dele.


Normalmente, em períodos de contração (pré recessão) a taxa de juros está mais alta, o que encarece a distribuição de crédito (financiamentos, empréstimos, etc). Com um crédito mais caro, o consumo das famílias e empresas tende a diminuir. Ao consolidar a recessão e para tentar se recuperar, o governo tende a diminuir a taxa de juros, novamente estimulando o consumo das famílias e empresas. Isso faz mais dinheiro circular e mais postos de trabalho serem criados. Com esse consumo estimulado, provavelmente teremos uma demanda maior que a oferta, aumentando então a inflação; e esse aumento da inflação diminui o consumo e então o ciclo se reinicia. A imagem abaixo esclarece a explicação e facilita também o entendimento de cada fase do ciclo e onde devemos investir em cada momento.

Ciclos Econômicos e o impacto sobre os ativos.

Quais são as fases dos ciclos econômicos e onde investir em cada fase?


Ao investir, é essencial levar em consideração a fase do ciclo econômico. Afinal de contas, a rentabilidade dos ativos é afetada de acordo com o momento do ciclo. Além disso, todo ciclo econômico é formado por quatro fases principais: expansão, ‘boom’, contração e recessão. A seguir, vou detalhar cada um deles:


Expansão: nesse período, a economia de um país experimenta uma fase de crescimento consistente da produção de mercadorias e serviços. Normalmente as taxas de juros estão num patamar baixo, o que posteriormente pode estimular pressões inflacionárias. Pode ser um bom momento para alocar parte do seu dinheiro em Renda Variável, pois o risco nesse estágio será menor, porque as empresas ainda estarão com o seu real valor descontado em relação ao preço, fazendo seu potencial de retorno e margens de segurança serem maiores.


Boom: esse é conhecido como sendo o pico do ciclo, fase na qual a produção de bens e serviços alcança o seu ponto máximo. Nesses picos normalmente acontecem desequilíbrios econômicos tais como aumento da inflação e necessidade de elevação da taxa de juros. É um bom momento para alocar parte do dinheiro em Renda Fixa, mas o risco é maior, então o ideal é não estar 100% posicionado. Nesse momento, investidores profissionais começam a reduzir sua exposição à bolsa comprando Renda Fixa e ativos de proteção como Ouro, que podem estar descontados e virem a se tornar úteis na fase seguinte.


Contração: ocorre quando é percebida uma diminuição da atividade econômica e as taxas de desemprego se encontram em tendência de elevação constante. A inflação começa a acelerar e o governo sobe a taxa de juros para conter a alta dos preços, então o mercado de ações começa a corrigir. Ações de empresas mais frágeis desvalorizam rapidamente. Os investidores começam a deixar o mercado aos poucos, aumentando a exposição em renda fixa.


Recessão: ela acontece quando atingimos o ponto mais forte da crise macroeconômica, onde é caracterizado por alto desemprego, sobras relevantes de capacidade instalada e taxas de juros elevadas. Os juros estão altos e a inflação começa a cair. A Bolsa de Valores está em baixa e investidores estão temerosos/pessimistas com o futuro. Nessa fase, o preço das ações está bem descontado, sendo possível encontrar boas oportunidades. Os investidores, em sua maior parte, estarão com uma maior alocação em Renda Fixa.


Os ciclos normalmente seguem sua dinâmica exatamente nessa ordem, porém os períodos de duração exatos de cada fase são completamente desconhecidos e imprevisíveis. Neste artigo tive o objetivo de apresentar de forma simplificada os ciclos econômicos e o momento ideal para escolher cada classe de ativo que devemos priorizar os investimentos. Entretanto, para saber exatamente onde investir, é necessário uma análise mais detalhada e profunda. Pensando nisso, não deixe de escrever pra gente. Teremos o maior prazer em lhe auxiliar na montagem e no acompanhamento do seu portfólio de investimentos.


Aqui na MUSA somos consultores financeiros independentes, regulados pela CVM. Temos um time de profissionais qualificados e parceiros estratégicos altamente capazes e, estaremos ao seu lado prestando uma consultoria independente, livres de conflitos de interesse, comissões e taxas escondidas. Afinal, pra gente, a SUA liberdade financeira é o nosso legado.

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Stefano Tremea

Stefano Tremea, CFP®

Consultor autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Certified Financial Planner (CFP) certificado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar) e habilitado junto à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro. Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pós-graduado em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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